Vagabunda de nós
Sentada,
Percorro a poesia,
Releio as palavras,
De rimas
Que já não são minhas,
Nem tuas,
São viagens ao passado.
Os meus olhos dançam,
Num torpor só.
Ao ritmo das recordações
Nelas reclusa.
Pela vida, vagueio,
Navego sem bússola
Arrasto-me sem âncora
Perdida.
Vagabunda de Ti,
Vagabunda de Nós.
Portimão
08/05/07