No soluço de um comboio
Ao ritmo soluçante do comboio
Vejo-te passar por mim,
Cada vez mais rápido,
Até seres só, raios de luz.
Caminhamos em sentidos contrários,
Direcções distintas,
Rumo ao norte
Rumo ao sul.
Já não te vejo…
Sinto apenas
A brisa quente,
O ar movido
À tua passagem.
No início foste vendaval,
Remoinho…
Pensei que janelas calafetar
Para não te permitir entrar.
Passada a loucura
Fica o carinho,
Talvez, ternura?
Hoje, és raio de luz,
Brisa calma
Ao descer da noite.
Cai o pano,
Acaba a cena.
Mais um poeta
Da minha vida
Que se ausenta.
Algures num comboio entre Algarve e Lisboa
08-09-2006
20 Comments:
No soluço de um comboio saiu-te um belo momento lirico...
Muito inspirado...
Muito bonito...
*
:)adoro andar de comboio sozinho.até pareçe que somos diferentes do mundo nesse pekeno espaço...
beijo vagabundo
Se os comboios te inspiram tanto, deverias andar sempre !
Pq esse poema está brutal :)
bj***
Forte e sensual o poema. Belissimo momento de inspiração.
Beijo
Gira esta imagem...
Depois da tempestade vem a bonança, e por vezes, por incrivel que pareça, até fica a saudade ou a boa lembrança.
E um poeta nunca se ausenta da tua vida, pelo menos, na alma. Os escritos estão lá sempre. A sua marca é perene. Infelizmente, nem todos são poetas, se é que algum o é, né?
Bjos daqui
Eugénio
Leves e douradas memórias?
Viajou o comboio e as tuas palvras =)
Está magnifico...
Comboio chamado vida... Lindo!
beijinhos
Inspirador esse comboio que te proporcionou este belo momento :)
Beijinhos
adorei....lindoooooooooo
bjs ternos e doces
direcções trocadas.
Acontece.
Mas gostei das tuas palavras, ao ritmo de pouca-terra, pouca-terra electrizante.
Um beijo.
k texto tão lindo...
beijo
A vida é assim mesmo: presenças que se tornam ausências. E por vezes, ausências que voltam a ser presenças. Brisas calmas. Excelente texto:)
Passei para te deixar um beijinho.
Da paixão ao amor?
Pode ser?
Como se a bonança chegasse...
Gostei muito.
daniel sant'iago
O fim, ou pelo menos, o seu inicio...
p.s: Desculpa, passei por aqui e não pude deixar de comentar. Gostei do texto... ;) **
Miriam, não escreves mais?
Vamos lá...
Um beijo.
este poema fez-me lembrar o anuncio da vodafone... que está brutal... :)
não fosse eu violinista... lol :)
Pouca terra
muita guerra
vale a pena
subir à serra
cantar teu poema
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