Thursday, January 12, 2006

Naquela Noite

Naquele início de noite havia ainda tanto a dizer, contudo, pagámos a conta cedo demais e eu levantei-me, com medo no olhar e talvez esse fosse o único sitio onde ele se encontrava. Levantaste-te atrás de mim, sorriste e perseguiste-me lentamente, de perto, até à saída. Que podia eu fazer, se não era nada nem ninguém?
Tive vontade de esticar a mão, e tocar-te nas costas. Trago um prego cravado na mão… Devias tirá-lo… Estive para te deixar sozinho no teu caminho.
O medo, de saber que uma vez mais ia mergulhar depressa demais e que a subida à superfície ia ser difícil mas, de que interessava estar viva, sentir e respirar se fosse para viver tudo apenas pela metade e… interiormente corro atrás de ti e decido… não vou arrancar nada e é neste momento que tudo muda, e nada volta ao que já foi, porque nada se repete.
Seguimos juntos, e nessa noite, no teu abraço, no teu afecto, senti, em mim, que podia haver vida para além da dor, que as barreiras afinal são para se derrubar e, que a sinceridade de um gesto, de um olhar nos pode fazer ultrapassar e esquecer fantasmas que críamos incontornáveis…quando acordei, quis mandar parar o tempo mas ele não me obedeceu, olhei para o lado e já lá não estavas e foi nessa hora, que te começaste a afastar…
Penso, ou melhor, tenho a certeza que nunca percebeste, a importância que tiveste na minha vida….Esta saudade, esta memória, será eterna. Sabes bem que não te vou esquecer…independentemente “da vida nos levar para longe de nós”, serás sempre aquele alguém que me fez acreditar que afinal a vida pode ser doce ou salgada mas, ter mais sabor…

2 Comments:

Blogger JB said...

Afinal a tonalidade, ainda que por breves "instantes", nem sempre é cinza...

Carpe diem!

8:33 AM  
Anonymous Anonymous said...

Keep up the good work » » »

11:20 AM  

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